Power Rangers: Agora e Sempre
Três décadas depois que o poderoso Zordon criou os Power Rangers, o grupo fica frente a frente com uma ameaça do passado. Em meio a uma crise global, os heróis são chamados mais uma vez para salvar o mundo. Este especial que celebra o trigésimo aniversário da franquia é inspirado no famoso lema “Uma vez Ranger, sempre Ranger”, o que significa: os integrantes da família Ranger são sempre recebidos de braços abertos.
Análise de “Power Rangers: Agora e Sempre”
Em uma tentativa de reviver e homenagear uma das franquias mais icônicas dos anos 90, o filme aborda de forma audaciosa a reunião do elenco original do MMPR. E o que se nota, de imediato, é a excitação inicial que a trama propõe, mas que, infelizmente, perde força ao se aproximar do desfecho, remetendo ao tom do filme “Power Rangers” de 2017.
O reencontro de personagens amados como Zack, Billy, Rocky, Kat, Adam e Aisha em uma mesma cena certamente emociona os fãs de longa data. Contudo, a ausência de figuras carismáticas como Amy Jo Johnson, Jason David Frank e Austin St. John, por razões diversas, não passa despercebida. No entanto, é louvável a forma como o filme faz jus à importância de Kimberly, Tommy e Jason, mantendo-os como pilares da equipe MMPR.
Além disso, há que se destacar a abordagem sensível e apropriada do arco de Trini Kwan, uma tocante homenagem à saudosa Thuy Trang. E não apenas isso, a quantidade de referências diretas e ovos de Páscoa relacionados à franquia “Power Rangers” é um verdadeiro deleite para os fãs.
Por outro lado, em questões técnicas, o filme deixa a desejar. A reimaginação detalhada do Zord era muito aguardada, mas o momento de sua transformação em Megazord peca em sua animação CGI. Seria uma questão de orçamento? Muitos, certamente, prefeririam um retorno à estética antiga, com cenas de luta protagonizadas por personagens em trajes físicos. Ademais, a narrativa sofre com diálogos frágeis, o que é surpreendente, visto que o público-alvo é composto por adultos em busca de nostalgia.
No final das contas, o filme possui seus méritos, mas é impossível não reconhecer as falhas que poderiam ter sido evitadas. Um equilíbrio entre homenagem e renovação ainda é um desafio para filmes desse gênero.