Pânico VI
Sam, Tara, Chad e Mindy, os quatro sobreviventes do massacre realizado pelo Ghostface, decidem deixar Woodsboro para trás em busca de um novo começo em uma cidade diferente. Mas não demora muito para eles se tornarem alvo de um novo serial killer mascarado.
Análise de “Pânico VI”
O mais recente capítulo da franquia “Pânico” chega com uma expectativa colossal, alimentada por uma campanha de marketing voraz. Logo de cara, enfrenta o desafio monumental de avançar sem Sidney, a icônica final girl interpretada por Neve Campbell. Em sua ausência, o filme oferece sequências de perseguição e momentos de tensão palpáveis, embora sejam claramente influenciados pela falta da protagonista.
A abertura do filme, sempre um momento emblemático dentro desta saga, se destaca por sua crueza e originalidade. No entanto, em minha visão, não alcança o patamar de memorabilidade de seus predecessores, superando apenas a abertura do terceiro filme. À medida que a trama se desenrola, mergulhamos nos traumas dos sobreviventes, especialmente Sam, e sua luta constante para manter o controle em meio ao medo de um novo ataque. Melissa Barrera, interpretando Sam Carpenter, realmente brilha em seu papel, lembrando a intensidade e determinação de Sidney no terceiro filme da série. E, assim como as fotos de Maureen serviam de pistas no terceiro filme, aqui são as máscaras do Ghostface que desempenham este papel intrigante.
Por outro lado, Gale Weathers permanece estagnada, sem evolução significativa. Embora protagonize uma das melhores cenas do filme, a tão esperada sequência no trem, infelizmente, não atende às expectativas, já que grande parte dela foi revelada em teasers anteriores.
A revelação do antagonista, aquele por trás da máscara do Ghostface, proporciona um twist satisfatório, ancorado em motivações reminiscentes dos clássicos do terror. No entanto, o filme peca em não ousar se desapegar de personagens estabelecidos, o que limita o impacto de suas mortes na narrativa. Assim como as partidas marcantes de Randy em “Pânico 2” e Cotton no terceiro filme, este novo capítulo carece de uma despedida impactante. Em resumo, enquanto “Pânico 6” é repleto de violência e reviravoltas, não consegue realmente sacudir os alicerces da franquia, deixando um rastro de personagens subaproveitados que entram e saem de cena sem causar grande comoção.