O Demônio dos Mares
O petroleiro Paul Sturges leva sua família de férias para a Bahia Azul. Lá, ele percebe que a cidade costeira desmoronou misteriosamente. Paul começa o dia com uma visita de rotina, com sua família, para inspecionar uma plataforma de petróleo nas proximidades. A situação se torna um pesadelo quando, das profundezas do oceano, um tubarão gigante surge: o demônio negro. Sob a ameaça constante do tubarão primitivo, Paul terá que encontrar um jeito de levar sua família de volta para a costa de forma segura.
Análise de “O Demônio dos Mares”
O filme “Deep Sea Predator”, apesar de seu potencial aparente, falha em cumprir o prometido, esbarrando em seu próprio enredo ao tentar estabelecer uma nova mitologia para o icônico tubarão. Onde deveria haver uma entrega direta e satisfatória de cenas de ação e suspense submarino, encontra-se um emaranhado de diálogos sem impacto e cenas que postergam desnecessariamente o suspense.
O trailer, enganosamente eficaz, promete um banquete visual de adrenalina e perigo iminente, mas o filme desfalece na execução. As promessas de cenas empolgantes de confronto são adiadas por uma narrativa que se arrasta, em uma tentativa vã de aprofundamento narrativo que não ressoa com a audiência.
O elemento titular, o tubarão, que deveria ser a estrela de todo o espetáculo, surge tarde demais no filme. Quando finalmente faz sua estreia na tela, o espectador já se encontra desconectado, desgastado pela lentidão e pela superficialidade do desenvolvimento de personagem. A tentativa de emular o sucesso do clássico “Jaws” é evidente, mas este filme não entende a arte de mostrar menos para sugerir mais; ao invés disso, quando mostra o tubarão, faz sem a sutileza ou a tensão necessária para capturar a imaginação e o terror do público.
Assim, a produção se distancia do impacto do seu predecessor, que soube dosar com mestria a visibilidade da criatura com a força de um roteiro bem construído, onde cada aparição do monstro marinho era um evento tanto temido quanto ansiado. “Deep Sea Predator” poderia ter aprendido com esses clássicos, mas infelizmente se perde em um mar de decisões narrativas equivocadas.