Neste thriller de ação emocionante, um pistoleiro Texas Ranger pretende impedir um terrorista internacional de detonar uma bomba no coração de Londres.

Análise de “Na Mira”

O filme em questão tinha potencial para se destacar como um thriller emocionante, mas, infelizmente, falha em acender a chama da expectativa, lembrando mais um artefato explosivo desprovido de seu elemento mais crítico: o fusível.

A premissa tinha todos os ingredientes de um enredo cativante; no entanto, a execução deixa muito a desejar, transformando o que poderia ser uma nota alta em uma decepcionante baixa. A colaboração entre diretor e equipe de som é essencial, mas este filme serve como exemplo de uma parceria malsucedida ou ausente. A dicção indistinta dos atores britânicos, somada a uma gama confusa de sotaques – cockney, galês, irlandês, escocês e tentativas de russo/ucraniano – torna o diálogo praticamente indecifrável, como uma conversa contemporânea na Torre de Babel.

A escolha do elenco também deixa a desejar, com atuações que carecem de autenticidade em relação a seus contextos culturais – como é o caso dos falhos sotaques texanos. Um diretor do calibre de Simon Wincer poderia ter injetado uma dose necessária de coerência e clareza.

As sequências de ação são outro ponto fraco, exageradas ao ponto de desafiar qualquer suspensão de descrença. Thomas Jane, o herói, se recupera de cada embate de forma tão milagrosa que beira o absurdo. John Malkovich, por sua vez, parece deslocado em sua atuação, sem conseguir convencer na pele de um peso-pesado do MI-6.

Adicionalmente, as cenas de intimidade parecem forçadas e desnecessárias, não contribuindo para o desenvolvimento da trama, mas sim agindo como uma promessa vazia de algo mais que nunca se materializa. As relações pessoais no filme são igualmente inverossímeis, fruto talvez de uma falha no roteiro ou na edição.

Para aqueles com acesso a plataformas de streaming onde o filme está disponível sem custo adicional, talvez valha a pena assistir por pura distração. Contudo, se for necessário pagar, seria mais prudente direcionar os recursos a outra experiência cinematográfica.