A Justiceira
Neste thriller noir cheio de estilo, a talentosa e irreverente dançarina Mouse investiga o desaparecimento de suas amigas da boate e não vai descansar enquanto não encontrar justiça.
Análise de “A Justiceira”
Em um cenário cinematográfico onde o brilho muitas vezes ofusca o mérito, o filme em questão surge como uma proposta sólida, embora não espetacular. Ele oferece um refúgio, uma oportunidade para descomprimir, notável principalmente por sua liderança feminina. Nesse aspecto, o filme subverte expectativas, destacando-se em um domínio frequentemente dominado por grandes nomes masculinos.
A crítica estabelecida pode ter sido implacável e, em alguns casos, injustamente severa em sua avaliação desta obra, especialmente quando comparada com as ofertas de certos queridinhos de Hollywood. É impossível ignorar o padrão perturbador de favoritismo e a disparidade de tratamento entre os filmes estrelados pelos grandes nomes — alguns dos quais, apesar de suas performances menos que estelares, são recebidos com elogios desmedidos.
Por outro lado, esta produção, comandada por uma atriz que lutou para solidificar seu espaço em um mercado implacável, enfrenta uma reação desproporcional. O fato de que uma mulher está no centro dessa controvérsia apenas amplifica as questões em jogo e destaca as discrepâncias existentes no coração da indústria.
Esse contraste entre recepção crítica e valor real é uma indicação de que talvez devêssemos olhar além dos círculos tradicionais de crítica. O apelo para considerar fontes alternativas como o IMDB, que podem oferecer uma perspectiva mais “honesta” ou pelo menos menos enviesada, é uma recomendação válida. Não é perfeito, mas oferece uma contranarrativa ao discurso dominante que, por vezes, parece menos crítica e mais conivente.
Em resumo, este filme, embora não seja um marco cinematográfico, merece uma avaliação mais matizada e uma apreciação por seus méritos próprios — algo que a crítica convencional parece ter esquecido em favor de seu clube de elite.