Desaparecida: O Caso Lucie Blackman
Segue a turbulenta e complexa investigação sobre o assassinato da turista britânica Lucie Blackman.
Análise de “Desaparecida: O Caso Lucie Blackman”
A saturação do gênero true crime em plataformas de streaming é um fenômeno que “Desaparecida: O Caso Lucie Blackman” parece corroborar em vez de desafiar. Comparado a obras mais penetrantes e memoráveis como “Don’t Fuck with Cats” e “Cenas de um Homicídio: Uma Família Vizinha”, este documentário de Hyoe Yamamoto e roteirizado por Shoji Takao, por mais que se empenhe, acaba perdido no mar de produções do gênero, sem deixar a marca que prometia.
O filme narra o caso da jovem britânica Lucie Blackman, cujo desaparecimento no Japão despertou uma cobertura mediática intensa e uma investigação policial extensa nos anos 2000. O documentário segue uma abordagem tradicional, mesclando imagens de arquivo com entrevistas e recriações dramáticas, mas falha em transcender a fórmula bem desgastada do true crime.
O roteiro de Takao, ainda que seja sua estreia, cai na armadilha da previsibilidade, seguindo uma linha narrativa que carece de vigor e frescor. Não há reviravoltas inovadoras ou uma narrativa que desafie o espectador, resultando em uma experiência que, embora informativa, é quase monótona.
“Desaparecida: O Caso Lucie Blackman” parece ser uma oportunidade perdida de revitalizar um gênero que já foi sinônimo de contos arrepiantes e investigações apaixonantes. Para os aficionados por true crime em busca de algo que os prenda à tela e desafie suas percepções, este documentário pode não ser a escolha mais estimulante.