Esta comédia acompanha quatro amigas asiáticas e seus processos de descoberta interior e da vida. Enquanto viajam para a Ásia a procura da mãe biológica de umas delas, elas enfrentam situações inusitadas e fortalecem ainda mais o laço entre elas.

Análise de “Loucas em Apuros” 

Assistindo a “Loucas em Apuros”, tive a sensação ambígua de déjà vu. Será que, como amante do cinema, minha paixão por narrativas me tornou excessivamente crítico, ou será que realmente já havíamos visto essa fórmula antes em “ASIÁTICOS LOUCOS E RICOS”?

Não posso negar a importância e o frescor de uma narrativa centralizada em protagonistas que fogem do estereótipo branco, heterossexual e masculino. Este é um avanço que o cinema moderno deve continuar perseguindo. No entanto, a execução da trama neste “road movie” acelerado e agressivo me pareceu um tanto quanto repetitiva.

Adele Lim, conhecida pelo roteiro de “CRAZY RICH ASIANS”, estreia na direção e claramente transporta sua experiência televisiva, de séries como “REIGN” e “ONE TREE HILL”, para a grande tela. Há uma essência jovem e vibrante em “Loucas em Apuros”, evidenciada pelas atuações de Ashley Park e Sherry Cola, bem como pela adição das audaciosas Stephanie Hsu e Sabrina Wu. Contudo, algumas escolhas narrativas, como a reveladora tatuagem de Kat, parecem tentar chocar mais do que realmente acrescentar à história, lembrando-me vagamente do humor de “ALGO SOBRE MARIA”.

No entanto, foi a conclusão que realmente capturou meu interesse. Em contraste com o humor brusco e as situações exageradas que permeiam grande parte do filme, o desfecho é genuinamente tocante. A busca de Audrey por suas origens e a reviravolta final são apresentadas com um grau de sutileza e emoção que quase me fez pegar um lenço de papel.

Muitos sairão do cinema encantados com esta comédia, vendo-a como uma ode à amizade e à autoaceitação. Confesso que, talvez, tenha sido vítima de expectativas infladas pelo trailer. “Loucas em Apuros” tem seus momentos, mas talvez eu realmente precise expandir meu repertório cinematográfico para apreciá-lo em sua totalidade.