A Chamada
Com seus filhos presos no banco de trás e uma bomba que explodirá se eles saírem do carro, um trajeto normal se torna um jogo distorcido de vida ou morte enquanto Matt Turner segue as instruções cada vez mais perigosas de um estranho em uma corrida contra o tempo para salvar sua família.
Análise de “A Chamada”
O mais recente esforço de Liam Neeson no gênero de ação suscita questionamentos sobre suas escolhas de papel no crepúsculo de sua carreira. A película em questão se afunda em clichês do gênero, apresentando um roteiro que carece de coerência e inteligência, com lacunas narrativas que mesmo o espectador menos atento poderia preencher com mais sagacidade.
A trama é atormentada por uma série de contratempos que transcendem o limite do plausível, minando qualquer pretensão de tensão genuína. Tomemos como exemplo o mecanismo de acionamento da bomba, um dispositivo tão primário que parece esquecer o conceito de vigilância tecnológica, levando a cenas que desafiam a lógica básica e o bom senso.
Além disso, o filme oferece uma coleção de cenas que beiram o ridículo, como a abordagem imprudente de uma policial a um veículo que é uma bomba relógio iminente, ou a sequência de um carro seriamente danificado evadindo a perseguição policial com uma facilidade que zomba da competência das autoridades retratadas.
Apesar dessas falhas, o filme pode servir como uma distração casual para aqueles que buscam um entretenimento sem compromisso, capaz de arrancar risadas inadvertidas nas situações mais exageradas. Contudo, é uma pena ver um ator do calibre de Neeson amarrado a uma obra que não faz jus à gravitas que ele é capaz de trazer à tela. Em suma, o filme pode ser adequado para um passeio descontraído pelo absurdo, mas para os que prezam por um enredo à prova de buracos, esta é uma sessão que pode testar a paciência.