Disco Inferno
Um jovem casal se prepara para incendiar a pista na discoteca mais quente de Los Angeles e acaba conjurando uma presença sombria que anseia por seu futuro bebê.
Análise de “Disco Inferno”
Explorando o terreno do terror neste mês temático, a Netflix apresenta “Disco Inferno”, um curta-metragem dirigido por Matthew Castellanos, conhecido por seu trabalho em videoclipes e séries de TV. A trama, ambientada na efervescente cena das discotecas dos anos 1960 e 1970 (apesar da referência ao ano de 1955), gira em torno de um jovem casal que, ao preparar-se para uma noite de diversão, inadvertidamente invoca uma presença sombria com interesses voltados para o futuro de seu bebê.
Embora adote uma estética marcada pela genialidade, especialmente na abertura e na analogia impactante ao aborto, “Disco Inferno” flutua entre a excelência e a mediocridade. O medo genuíno da protagonista ao enfrentar a decisão sobre a gravidez destaca-se como o ponto forte do filme. Pontos de tensão e reviravoltas eficazes contribuem para a atmosfera intrigante.
No entanto, a produção escorrega em algumas áreas, deixando pontas soltas, especialmente no início e no desfecho, comprometendo a coesão do enredo em um curta-metragem de 18 minutos. Além disso, a conclusão diverge da mensagem inicial, retratando o homem de maneira que contradiz o proposto, possivelmente influenciado pela perspectiva masculina da direção e do roteiro. Este equívoco compromete o impacto global da obra, apesar de seus méritos evidentes.