As Marvels
Quando suas obrigações a levam a uma fenda espacial anômala ligada a um revolucionário Kree, os poderes de Carol Danvers, a Capitã Marvel, se entrelaçam aos de Kamala Khan, a Ms. Marvel, e aos da sobrinha de Carol, astronauta da S.A.B.E.R., Capitã Monica Rambeau. Juntas, esse trio improvável deve ser unir para salvar o universo como “As Marvels”.
Análise de “As Marvels”
O lançamento do mais recente filme do universo Marvel, “Capitã Marvel”, gerou diversas opiniões, muitas delas polarizadas, sobre sua abordagem e relevância. Em meio a um cenário cinematográfico cada vez mais consciente das questões sociais, o filme parece ter se tornado um campo de batalha entre diferentes visões de mundo.
Primeiramente, é importante considerar a expectativa gerada pelo sucesso do primeiro filme da Capitã Marvel. Muitos acreditaram que a sequência replicaria o êxito anterior, mas essa suposição ignora o fato de que o primeiro filme foi amplamente impulsionado pelo hype em torno dos Vingadores. A tentativa de elevar personagens secundários das HQs a protagonistas principais foi vista por alguns como um esforço forçado, desconectado das preferências do público tradicional da Marvel.
A crítica progressista, que geralmente apoia abordagens mais inclusivas, parece ter enfrentado dificuldades para defender o filme, sugerindo que talvez “Capitã Marvel” tenha falhado em alguns aspectos fundamentais de cinema, como direção, roteiro e atuações. Além disso, há acusações de que o filme tenta impor uma agenda feminista de maneira excessivamente explícita, o que poderia alienar parte do público.
Brie Larson, a protagonista, recebeu críticas não apenas por sua atuação, mas também por suas declarações fora das telas, que alguns interpretaram como um endosso exagerado do feminismo, alienando assim uma parcela significativa do público consumidor de HQs. Esse fenômeno parece repetir-se com Rachel Zegler e seu papel na futura adaptação de “Branca de Neve”.
Samuel L. Jackson, um veterano admirado, também foi criticado por sua participação no filme, vista como abaixo de suas habilidades. O filme, além disso, foi acusado de fazer concessões ideológicas em sua escolha de vilões, optando por uma abordagem que privilegia a diversidade de gênero.
Com um orçamento significativo, “Capitã Marvel” parece caminhar para um resultado financeiro aquém das expectativas. Isso levanta questionamentos sobre a tendência de Hollywood de privilegiar a agenda política sobre a qualidade artística. Essa abordagem, segundo críticos, estaria prejudicando roteiros e personagens, afastando-se dos fãs e comprometendo o desempenho financeiro de grandes estúdios como a Disney e a Warner Bros.
Finalmente, há um debate sobre a integridade das avaliações de sites como Rotten Tomatoes, com alegações de que os críticos seriam influenciados por agendas políticas. Quentin Tarantino, um renomado diretor, expressou preocupação com a precedência da ideologia sobre a arte no cinema atual.
Concluindo, “Capitã Marvel” se encontra no centro de um debate cultural e cinematográfico. Ele oferece um reflexo das tensões presentes na indústria do cinema, onde a arte, o entretenimento e a política se entrelaçam de maneiras cada vez mais complexas. Para muitos espectadores, este filme pode não valer o preço do ingresso, sendo mais apropriado para uma visualização única em plataformas de streaming.