Sam (Megan Suri), uma adolescente que lida com os conflitos entre sua origem indiana e a vida nos EUA, acidentalmente liberta uma antiga entidade demoníaca de um jarro que jamais deveria ter sido aberto. À medida que o mal se alimenta dos seus piores medos, Sam precisará desvendar segredos ancestrais para tentar salvar sua vida e a de todos ao seu redor.

Análise de “Não Abra!”

“Não Abra!”, um filme de terror produzido pelo mesmo cineasta de “Corra!” e “Nós”, mergulha no tema do deslocamento cultural através da história de Sam, uma imigrante indiana lutando para se adaptar à cultura norte-americana. A narrativa se destaca por explorar o conflito entre identidades e a relação conturbada da protagonista com suas raízes culturais e sua mãe. Esta abordagem é enriquecida pela inclusão de elementos do folclore hindu, particularmente o Pishacha, um demônio que se alimenta de sentimentos negativos.

A história é interessante por seu foco no deslocamento cultural, um tema que o diretor Dutta, em entrevista exclusiva ao site Omelete, revelou ser inspirado por sua própria experiência como imigrante. Essa escolha temática traz uma camada adicional de profundidade ao filme, fundindo o terror sobrenatural com questões de identidade e pertencimento.

No entanto, o filme enfrenta desafios significativos em sua execução, principalmente no que diz respeito às performances do elenco. Megan Suri, no papel de Samidha, falha em criar uma conexão com o público. Sua interpretação da personagem como uma adolescente rebelde é vista como pouco convincente e carece de uma justificativa clara para suas ações e emoções. Além disso, a química entre Samidha e Russ, interpretado por Gage Marsh, é notavelmente fraca, prejudicando a imersão na narrativa.

Neeru Bajwa, que interpreta a mãe de Samidha, é um dos poucos pontos positivos no que diz respeito à atuação, trazendo autenticidade e emoção ao seu papel. Sua performance destaca-se em meio a um elenco que, de outra forma, não impressiona.

Em resumo, “Não Abra!” é um filme que, apesar de suas ambições temáticas e da tentativa de explorar o deslocamento cultural e a mitologia hindu, falha em entregar uma experiência de terror convincente. As falhas na atuação e na construção de personagens comprometem a capacidade do filme de engajar e assustar o público, tornando-o uma opção menos recomendável para os fãs do gênero.