O Aprendiz do Tigre
Conta a história de Tom, um menino que se torna aprendiz de feiticeiro ao conhecer o tigre falante Mr. Hu. O animal muda de forma e leva o garoto a um mundo mágico com outros seres mitológicos, como a fênix e o dragão.
Análise de “O Aprendiz do Tigre”
“O Aprendiz do Tigre” traz à tela uma narrativa que ecoa familiaridades com “Kung Fu Panda”, onde um personagem inesperadamente é escolhido como guardião, semelhante a como Po é selecionado como o Guerreiro Dragão. Nesta nova história, Tom, o guardião recém-nomeado, descobre seus poderes, mas, ao contrário de Po, não vemos uma exploração profunda de seu treinamento e desenvolvimento de habilidades. A preparação de Po por Shifu é um momento marcante de relacionamento mestre-aluno que, infelizmente, não encontra paralelo neste filme. Parece que “O Aprendiz do Tigre” se apressa em concluir a história sem dedicar tempo suficiente ao desenvolvimento dos personagens.
A riqueza da mitologia chinesa e dos zodíacos, um conteúdo potencialmente rico, é explorada de maneira superficial. A história parece simplificada excessivamente, e o elenco extenso recebe pouco espaço para diálogos significativos. Apesar disso, as atuações de Michelle Yeoh e Sandra Oh se destacam, mesmo com o limitado escopo de suas falas. Henry Golding, que inicialmente apresenta uma atuação fraca, consegue melhorar sua performance à medida que o filme avança. Contudo, o destaque vai para Bowen no papel de Sid, o Rato, que entrega uma atuação impressionante.
Em termos de animação, “O Aprendiz do Tigre” não se compara aos altos padrões estabelecidos por obras recentes como “Aranhaverso” ou “Nimona”, mas há elementos visuais interessantes, como a representação do Tigre e a escolha da música “Eye of the Tiger”. A forma humana do Dragão e do Rato também são bem executadas, e a trilha sonora do filme é elogiável.
O filme tinha potencial para explorar mais profundamente a mitologia dos zodíacos, mas parece ter sido apressado para a tela, apesar de não ser lançado nos cinemas e ter sofrido atrasos em seu lançamento. Não se compreende a pressa em finalizar o roteiro sem desenvolver uma história mitológica mais rica e detalhada, deixando uma sensação de oportunidade perdida para aprofundar um universo fascinante.