Snoopy Apresenta: Seja Bem-vindo, Franklin!
Franklin é novo na cidade e quer fazer novos amigos, mas as táticas que geralmente usa não funcionam na turminha dos Peanuts. Ao anunciarem uma corrida de carrinho de rolimã, ele aproveita a oportunidade para impressionar novos colegas e se junta à única outra criança sem dupla: Charlie Brown.
Análise de “Snoopy Apresenta: Seja Bem-vindo, Franklin!”
“Snoopy” tem recebido críticas por supostamente recorrer ao tokenismo na maneira como Franklin foi introduzido há mais de 50 anos, sentando-se do lado oposto da mesa. Minha resposta a essas críticas é que precisamos lembrar que é um desenho animado e considerar o contexto da época em que Franklin foi introduzido. Charles Schultz enfrentou inúmeras resistências e teve que fazer várias adaptações para incluir Franklin na série, e, apesar de triste, a cena dele sentando sozinho reflete a realidade daquele período. As emissoras também precisaram considerar a audiência no Sul dos Estados Unidos, que, segundo relatos, apresentou reações bastante negativas, mas ainda assim optaram por apresentar Franklin em toda a sua glória afro-americana no desenho dos Peanuts.
Assisti “Seja Bem-vindo, Franklin!” com minha sobrinha, e tanto ela quanto eu, que somos negros, gostamos do filme. Contrariamente ao que alguns críticos sugerem, Franklin não é um personagem fraco ou um token feito para agradar; ele é um filho de militar acostumado a mudar constantemente, frequentar novas escolas e, às vezes, adaptar-se a diferentes partes do mundo. Ele enfrenta o desafio de fazer novos amigos e se sentir à vontade em ambientes novos repetidamente. A menos que alguém tenha vivido a experiência de ser um “military brat”, é melhor não julgar precipitadamente.
No fim das contas, “Seja Bem-vindo, Franklin!” é um filme sobre amizade. Franklin é retratado como um personagem inteligente e adorável, o que mais alguém poderia querer? O filme ultrapassa as críticas de tokenismo ao apresentar um retrato sensível e positivo de seu personagem, destacando valores como amizade e resiliência, elementos que são essenciais para qualquer narrativa significativa.