O relacionamento de um jornalista famoso com uma professora bem discreta é colocado à prova quando um novo trabalho acaba interferindo na vida a dois.

Análise de “Amor² Outra Vez”

Com “Amor² Outra Vez”, a pergunta que não quer calar é: realmente precisávamos de uma sequência? Parece haver um consenso geral de que não. Depois do tumulto que foi a primeira parte, esperávamos algo mais refinado. Contudo, fomos brindados com uma trama que parece perdida, mergulhada em clichês tentando ostentar um feminismo desenfreado, mas que apenas soa repetitivo e desinteressante.

A Polônia segue fornecendo conteúdo à Netflix, mas, francamente, com um impacto bem aquém do esperado, ao contrário da crescente presença da Turquia, que realmente tem chamado a atenção. “Amor² Outra Vez” lembra aquelas comédias românticas americanas saturadas, onde a velha guerra dos sexos é substituída por um drama superficial, apenas com o intuito de manter os olhos colados na tela, sem oferecer algo substancial.

A estética do filme? Poderíamos dizer que é quase inexistente. Não há uma assinatura única, uma marca registrada, algo que o destaque dos demais. Parece que foi moldado apenas para agradar o público casual da Netflix, que apenas quer relaxar sem mergulhar profundamente em uma trama. No entanto, há um raio de sol nessa tempestade: o casal protagonizado por Adrianna Chlebicka e Mateusz Banasiuk. Graças ao carisma deles e à química palpável entre ambos, o filme escapa de ser um completo desastre. Mesmo navegando em um mar de clichês, eles conseguem manter um certo charme, embora ainda não seja o suficiente para levantar o nível da produção.

Em resumo, “Amor² Outra Vez” provavelmente será esquecido na vastidão do catálogo da Netflix, mas se você estiver procurando algo leve, sem grandes compromissos, pode dar uma olhada. Contudo, não espere ser surpreendido ou levado a uma montanha-russa emocional. É apenas mais um no meio da multidão.