Amor² para Sempre
Neste terceiro filme da franquia Amor², o romance conturbado de Monika e Enzo está prometendo um final de conto de fadas. Só que uma revelação bombástica vai mudar tudo.
Análise de “Amor² para Sempre”
“Amor² Para Sempre” chega à Netflix com a promessa sutil de ser a cereja do bolo de uma trilogia que, curiosamente, encontrou seu lugar ao sol no vasto catálogo da gigante do streaming. Sob a batuta de Filip Zylber, que já comandou os antecessores da série, este terceiro ato parece ter encontrado um ritmo próprio, maturando dentro de seu próprio universo frívolo e leviano, ainda que os personagens pareçam patinar sobre a mesma fina camada de desenvolvimento emocional.
Não é incomum que franquias se estendam além da vida útil de suas narrativas, mas há algo refrescante em testemunhar o crescimento orgânico de uma produção que se beneficia da liberdade que a plataforma de streaming oferece. “Amor² Para Sempre” pode não reinventar a roda do gênero romântico, mas entrega uma sensação de evolução, talvez não por meio de seus personagens, que mantêm sua leveza quase estática, mas pela forma como o universo do filme se expande para abraçar um pouco mais da complexidade das relações familiares.
Porém, o filme encontra suas maiores falhas e acertos na adição da controversa Ewa, interpretada com uma intensidade palpável por Ina Sobala. A atuação de Sobala é tão eficaz que Ewa surge como uma personagem que desafia a tolerância do espectador, desencadeando uma gama de emoções que podem tanto incitar empatia quanto uma antipatia quase visceral. Sobala entrega uma personagem que consegue dominar cada cena com a força de um furacão, para o bem ou para o mal, em um desempenho que pode ser tanto aclamado quanto condenado, dependendo da paciência e percepção do público.