Amor ao Primeiro Beijo
Com a habilidade de ver o futuro, Javier descobre quem é o grande amor de sua vida. Só tem um problema: ela é a namorada do seu melhor amigo.
Análise de “Amor ao Primeiro Beijo”
Ao iniciar a sessão, tinha altas expectativas dado a promessa da sinopse. Infelizmente, o filme não conseguiu cumprir o que prometeu. A trama apresenta um protagonista sem profundidade, sem capacidade de estabelecer um elo genuíno com a audiência. Enquanto o produtor pode ter pretendido esta desconexão como uma escolha artística, para mim, isso não se materializou de maneira bem-sucedida.
A representação das mulheres no filme é, no mínimo, problemática. O uso frequente da objetificação feminina já é um recurso repetitivo e cansativo. É surpreendente e desapontador ver personagens femininas bem construídas e autênticas serem reduzidas a meros interesses amorosos de um personagem central sem substância. A motivação por trás de suas afeições permanece inexplicável, considerando a falta de carisma e aprofundamento do protagonista.
O final da trama foi previsível, recorrendo a clichês e soluções fáceis, que só reforçaram o poder do protagonismo. Esta abordagem centraliza demais o protagonista, fazendo com que personagens femininas, que deveriam ter sua própria agência e complexidade, se tornem peões em seu tabuleiro.
Em resumo, o filme desperdiça oportunidades de explorar temas profundos e relações genuínas, optando por uma narrativa que objetifica mulheres e celebra o poder do protagonismo de forma exagerada e, francamente, irrealista.