Um adolescente e seu pai vivem à margem da sociedade de forma peculiar: eles aplicam golpes usando os poderes do adolescente. Mas as coisas acabam saindo do controle quando Ian é exposto em público, o que dá início a uma guerra em que os dois lados querem obter benefícios com seu dom!

Análise de “Awareness: A Realidade é Uma Ilusão”

“Awareness – A Realidade É Uma Ilusão”, da Prime Video, mergulha o espectador em um turbilhão de sensações, refletindo as múltiplas interpretações do título. Tendo Carlos Scholz no papel principal, a narrativa se entrelaça com ecos de “A Incendiária” de Stephen King, pitadas de “Clube da Luta” e “Mentes Sombrias”, tudo isso orquestrado ao ritmo distinto do cinema espanhol.

Este é um filme multifacetado, com uma miscelânea de enredos, referências e aspirações. Esta abordagem, no entanto, corre o risco de cair na genérica, causando um certo desconforto no espectador. A trama central segue Ian, um jovem que, ao lado do seu pai (interpretado por Pedro Alonso de “La Casa de Papel”), se mete em problemas até que seus poderes psíquicos chamam a atenção de forças maiores.

Os primeiros trinta minutos são um vendaval de conceitos e sequências de ação, tornando-se quase uma maratona para acompanhar. Contudo, o enigma em torno de Ian mantém o público engajado. Não tanto pelo desempenho de Scholz, que oscila entre um perfil juvenil e uma postura rebelde, mas pelo desejo de decifrar a verdade escondida no script.

O filme navega em um ritmo vertiginoso, tentando comprimir uma história rica, digna de uma minissérie, em apenas duas horas. Isso leva a uma sobreposição de sequências de ação, muitas vezes eclipsando as descobertas significativas de Ian.

No entanto, é impossível não reconhecer o brilhantismo de algumas performances, como a de María Pedraza, que nos lembra de filmes como “Atômica” com sua atuação intensa. Tanto ela quanto Pedro Alonso oferecem interpretações que deixam o público querendo mais, ponderando se o filme realmente explorou todo o seu potencial.

Em resumo, “Awareness – A Realidade É Uma Ilusão” almeja alcançar a grandeza de clássicos como “Jogo da Morte” de Bruce Lee, mas termina se apegando a clichês de ação, esquecendo que uma aventura memorável vai além de sequências de luta bem orquestradas.