Feliz Ano Novo… de Novo
Ingrid Guimarães e Lázaro Ramos apresentam o especial de natal ao lado de convidados como Juliette, Tia Má, Luana Martau, Lindsay Paulino e Pablo Sanábio.
Análise de “Feliz Ano Novo… de Novo”
Vivemos em uma era de crescente ansiedade e pressa, um fenômeno evidenciado pelo sucesso avassalador de plataformas como TikTok e Kwai, que nos servem pílulas rápidas de entretenimento. Este dilema social contemporâneo começou a influenciar a indústria cinematográfica, com muitas produções recentes optando por durações mais curtas. Ao percorrer os catálogos de streamings, percebemos uma enxurrada de filmes mais curtos e séries transformadas em minisséries ou episódios de trinta minutos. Embora a Netflix tenha introduzido a opção de acelerar vídeos para saciar essa pressa, deve-se notar que a duração não é garantia de qualidade, como atesta “Snyder Cut”. No entanto, formatos extremamente compactos podem impedir a formação de um vínculo com os personagens e a entrega de um enredo robusto.
Nesse contexto, destaco “Feliz Ano Nosso (Stuck with You)”, um média-metragem francês da Netflix com a duração de apenas 59 minutos. A película, dirigida por Frank Bellocq, é minimalista por natureza, com dois personagens confinados em um elevador. No entanto, o tempo reduzido parece ser um desafio insuperável, tornando difícil se conectar ou simpatizar com os protagonistas. Situações forçadas, diálogos constrangedores e um desfecho previsível minam o potencial da obra. As atuações, particularmente de Kev Adams, carecem de faísca, e a química entre os personagens principais é quase inexistente.
Contudo, apesar de seus defeitos, “Feliz Ano Nosso” tem seus momentos de leveza. Para os amantes de comédias românticas que buscam um entretenimento descompromissado e que não exigem profundidade, este filme pode ser uma opção passageira e agradável. Porém, serve como lembrete de que, em meio à pressa da sociedade moderna, o cinema deve encontrar equilíbrio para não perder sua essência.