Mais Um Tiro Certo
Após o ataque ao local negro na Polónia, o SEAL da Marinha Jake Harris é condenado a escoltar o suspeito terrorista Amin Mansur a Washington DC para interrogatório.
Análise de “Mais Um Tiro Certo”
“Mais Um Tiro Certo”, a sequência do inovador filme de 2021 “One Shot”, enfrenta o desafio clássico das continuações: manter o frescor do conceito original enquanto tenta expandir a narrativa. O uso do plano-sequência (long take) como uma característica central, que foi tão impressionante no primeiro filme, retorna aqui, mas com o efeito da novidade um tanto atenuado.
A execução técnica continua sendo um ponto alto, com cortes bem ocultos e uma cinematografia que mantém o espectador imerso na ação contínua. A equipe por trás das câmeras merece elogios pela habilidade em orquestrar estas sequências complexas, uma tarefa nada trivial, especialmente considerando as comparações inevitáveis com os feitos acrobáticos de Jackie Chan.
No entanto, o filme parece se apoiar demais nesse truque de câmera, enquanto o enredo em si é bastante convencional. Seguindo a fórmula “Die Hard em um lugar específico”, traz um soldado solitário enfrentando terroristas. Essa abordagem é funcional, mas não oferece nada de novo ou particularmente emocionante em termos de história.
Quando se trata de cenas de ação, o filme faz um trabalho decente, embora não esteja no mesmo nível de outras produções estreladas por Scott Adkins. As cenas de luta, apesar de bem coreografadas considerando as limitações do formato de plano-sequência, não atingem o pico de intensidade visto em outros filmes de Adkins. Da mesma forma, as cenas de tiroteio são competentes, mas sofrem um pouco com a escolha de som – o uso de silenciadores nas armas parece atenuar o impacto que essas cenas poderiam ter.
A participação de Michael Jai White é uma adição bem-vinda, embora sua presença seja brevemente aproveitada, deixando a desejar em comparação com colaborações anteriores entre ele e Adkins.
No final, “Mais Um Tiro Certo” é um filme que entretém e demonstra um impressionante esforço técnico, mas não alcança as alturas de seu predecessor em termos de inovação narrativa ou intensidade de ação. A ideia de uma terceira parcela, um “Another Shot”, é tentadora, mas há uma sensação de que o conceito do plano-sequência pode perder ainda mais seu brilho, a menos que seja acompanhado por um enredo mais robusto e dinâmico.
Para os fãs de Scott Adkins, o filme é certamente uma adição válida à sua filmografia, mas talvez não seja o trabalho mais empolgante que ele já fez. No geral, “Mais Um Tiro Certo” merece um 7 de 10 no IMDb e 3.5 estrelas no Letterboxd, reconhecendo seu entretenimento e esforço técnico, mas também notando suas limitações em termos de inovação e desenvolvimento de enredo.