Matilda
Matilda Wormwood (Mara Wilson) é uma criança brilhante de apenas seis anos, que cresceu em meio a pais grosseiros e ignorantes. Seu pai Harry (Danny DeVito) trabalha como vendedor de carros, enquanto que sua mãe Zinnia (Rhea Perlman) é dona de casa. Ambos ignoram a filha, a ponto de esquecerem de matriculá-la na escola. Desta forma Matilda fica sempre em casa ou na livraria, onde costuma estimular sua imaginação. Após uma série de estranhos eventos ocorridos em casa, quando Matilda descobre que possui poderes mágicos, Harry resolve enviá-la à escola. O local é controlado com mão de ferro pela diretora Agatha Trunchbull (Pam Ferris), o que faz com que Matilda apenas se sinta bem ao lado da professora Honey (Embeth Davidtz), que tenta ajudá-la o máximo possível.
Análise de “Matilda”
“Matilda, a Espalha Brasas” (“Matilda”) é uma representação cinematográfica vívida e encantadora do mundo da infância, capturada magistralmente sob a direção de Danny DeVito. O filme destaca a perspectiva das crianças e o poder de sua imaginação, trazendo à vida uma história repleta de fantasia.
O filme explora a forma como as crianças veem o mundo com olhos inocentes e poderosos. Personagens como a terrível Agatha Trunchbull, a gentil bibliotecária Sra. Phelps, o irritante irmão mais velho Mikey e a maravilhosa professora Miss Honey são exemplos perfeitos de como as crianças percebem as figuras em suas vidas. “Matilda” também reflete o desejo infantil de corrigir as injustiças do mundo, um tema que ressoa profundamente com o público jovem.
As performances intencionalmente exageradas e extravagantes de Danny DeVito (pai de Matilda), Rhea Perlman (mãe de Matilda) e Pam Ferris (Sra. Trunchbull, a diretora) adicionam um elemento de humor e absurdo ao filme, capturando a essência da imaginação infantil.
Além disso, o filme não se esquiva de abordar elementos assustadores, como a perseguição na casa da Sra. Trunchbull, o “Chokey” e a cena arrepiante de Matilda recuperando a “Boneca Lizzie” enquanto assombra a casa da diretora. Esses momentos de medo são apresentados de uma maneira que é acessível e segura para o público mais jovem, refletindo o entendimento de DeVito de que o medo faz parte da experiência infantil.
A mensagem final de “Matilda” é de triunfo e vitória sobre o mal, uma lição que DeVito parece ter aprendido bem com os filmes animados da Disney. O contraste entre o vilão e o herói é usado para destacar a coragem e a nobreza da personagem principal.
Perder a oportunidade de assistir “Matilda” seria perder uma viagem mágica e emocionante de volta às fantasias e ideais da infância. O filme é uma celebração do espírito infantil, da imaginação e da capacidade das crianças de superar adversidades, tudo apresentado de forma calorosa, mágica e envolvente.