Megatubarão 2
Um mergulho exploratório nas profundezas do oceano de uma ousada equipe de pesquisa se transforma em caos quando uma operação de mineração malévola ameaça sua missão e os força a uma batalha de alto risco pela sobrevivência.
Análise de “Megatubarão 2”
A continuação em questão chega com expectativas moderadas, mas até para aqueles munidos de um otimismo cauteloso, a obra acaba sendo uma fonte de desapontamento.
A narrativa parece ter sido engendrada a partir de um molde gasto e previsível, com elementos reciclados que já estamos cansados de ver: criaturas marinhas ameaçadoras emergindo para a superfície, turistas como isca, animais de estimação em risco clichê e, claro, o herói, interpretado por Jason Statham, em um embate físico com o monstro aquático no clímax. A inserção de uma plataforma subaquática operada por antagonistas não só desafia qualquer tentativa de suspensão de descrença, como também chega a ser motivo de frustração instantânea devido à sua falta de plausibilidade.
Além disso, há uma tendência recente no cinema de encaixar antagonistas femininas que parecem existir apenas para preencher uma quota, sem o devido desenvolvimento ou carisma, o que somente serve para alimentar críticas em relação a uma suposta “agenda”.
Contudo, seria injusto negar que o filme oferece seus momentos de entretenimento puro, especialmente no terço final com um espetáculo de ação que põe um Kraken e um Megalodonte em um confronto espetacular, e as acrobacias características de Statham que cumprem com o que seus seguidores esperam.
Quando julgado como um mero passatempo no gênero ação/comédia, ele não figura entre os piores; entretanto, como sucessor de seu antecessor, revela-se um trabalho alarmantemente acomodado. Portanto, se a experiência valeu o preço do ingresso será uma questão subjetiva, dependendo do que cada espectador esperava do filme. Apesar dos tropeços, com algumas reformulações, a série pode vir a encontrar seu caminho e ter um futuro promissor.