Minha Casa
Carla vive se escondendo com seu pai. Quando um estranho misterioso aparece, ela começa a questionar a razão do isolamento de sua família.
Análise de “Minha Casa”
Este filme insere-se na recente onda de produções centradas em protagonistas femininas, mas diverge do caminho do romance para adentrar no território da comédia desenfreada. Elizabeth Banks assume o papel de uma repórter atrapalhada cujas ambições de se tornar âncora de um jornal de prestígio são contrastadas com seu histórico de episódios infelizes, inclusive um encontro desastroso com gatos que se tornou notório.
A comédia aposta em um tom leve, mas é prejudicada por um roteiro que parece se contentar com o mínimo esforço, buscando o riso fácil em vez da coerência narrativa. O filme tece sua trama em torno de situações ridículas, incluindo a inverossímil jornada da protagonista, que, vestida de maneira provocante, enfrenta uma série de infortúnios: desde a incapacidade de encontrar um telefone ou um táxi, até o absurdo de passar despercebida em seu próprio ambiente de trabalho.
O que poderia ser uma sátira mordaz sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no jornalismo acaba se perdendo em sua própria superficialidade. A personagem de Banks é reduzida a uma caricatura de incompetência, e o filme falha em fornecer um comentário mais substancial ou uma crítica genuína aos estereótipos de gênero no trabalho.
Em suma, o filme tem seus momentos de humor, mas eles são ofuscados por um roteiro que não faz jus ao talento de sua estrela principal. A comédia se esforça para ser uma peça de entretenimento descompromissado, mas deixa a desejar ao não explorar todo o potencial de suas premissas e personagens.