Monster High 2
O filme segue Clawdeen Wolf (Miia Harris), Draculaura (Naya Damasen) e Frankie Stein (Ceci Balagot) em seu segundo ano em Monster High. O poder das três amigas é posto à prova enquanto elas enfrentam desafios em um novo ano: novos alunos, novos poderes, amizades em evolução e uma ameaça ainda maior que pode não apenas romper a amizade, mas mudar o mundo para sempre. O filme também apresentará a nova personagem Toralei (Salena Qureshi), uma mulher-gato mal-humorada, que retorna após um ano no exterior em Scaris, França.
Análise de “Monster High 2”
“Monster High” sempre foi um marco na cultura pop, especialmente para aqueles que cresceram com sua mensagem de aceitação e individualidade. Contudo, a mais recente incursão na franquia parece ter perdido o brilho que a tornou especial, merecendo apenas duas estrelas em uma avaliação generosa do crítico.
O filme parece ter abandonado a essência que incentivava os espectadores a abraçar suas peculiaridades únicas. A exceção notável foi a introdução do pronome neutro para Frankie, uma escolha acertada que ressoou com o tema da série de celebração da individualidade. No entanto, personagens outrora adorados sofreram alterações que os deixaram irreconhecíveis. Draculaura, antes doce e poderosa, foi transformada em uma figura sem graça e presunçosa. Cleo, que deveria ter a complexidade da icônica Regina George de “Meninas Malvadas”, foi reduzida a uma caricatura mal desenvolvida da antagonista clichê.
Clawdeen, em particular, sofreu uma simplificação drástica, retratada como uma personagem genérica e previsível, distante da Clawdeen ousada e inovadora que fãs aprenderam a adorar. A atuação pode até ser salva pela escolha do elenco, mas um roteiro desinspirado limitou seu potencial.
Questionamentos lógicos surgem, como a estranha decisão de um lobisomem que vê no escuro precisar de óculos, um detalhe que vai contra a própria mitologia da criatura. Enquanto os efeitos especiais recebem uma avaliação positiva, o antagonista e o desenvolvimento da trama não atingem o mesmo nível, culminando em um clímax que parece mais comédia involuntária do que uma solução engenhosa para um conflito.
Mesmo a tentativa de dar a Draculaura um novo ângulo através da bruxaria falha em impressionar, com soluções mágicas que desafiam o senso de lógica do personagem. A aparência da personagem também é criticada por se afastar demais de sua imagem icônica, parecendo mais uma imitação de uma figura da música do que a vampira original que os fãs conheciam.
“Monster High” falha em capturar a originalidade e a profundidade que poderia ter, deixando o espectador esperançoso de que futuras iterações possam resgatar a magia perdida e entregar um roteiro à altura do legado da franquia.