Muti: Crime e Poder
Um detetive à beira da aposentadoria se une a um professor de Estudos Africanos para rastrear um serial killer que está realizando a antiga prática de magia negra de Muti.
Análise de “Muti: Crime e Poder”
“Muti – Crime e Poder (The Ritual Killer)” tenta se estabelecer no gênero whodunit, buscando cativar o espectador com suspense e ação. Contudo, a previsibilidade do enredo e as pistas excessivas logo no início desestimulam o envolvimento e desencadeiam desinteresse.
A narrativa segue um homem desconhecido, que se torna um tormento global, cometendo crimes brutais em várias partes do mundo. Seu modus operandi não é definido por uma assinatura específica, mas pela crueldade com que ele executa suas vítimas, sem distinção de idade ou gênero.
O filme busca incessantemente criar uma atmosfera de tensão, mas falha miseravelmente. Cenas como a perseguição do assassino pelas ruas e o massacre num restaurante parecem forçadas e incongruentes. Em vez de impactar, elas causam estranhamento.
Inspirado no gênero giallo, “Muti: Crime e Poder” luta para trazer atualidade e personalidade à sua trama, recorrendo a rituais africanos e um misticismo superficial como pivô de sua narrativa. Tal escolha, ao invés de enriquecer, torna o filme ainda mais aleatório e desprovido de profundidade. Ademais, grandes nomes como Morgan Freeman parecem desperdiçados devido à fragilidade do roteiro e à superficialidade dos personagens.
A impressão é que o filme demonstra mais desinteresse em si mesmo do que o espectador poderia demonstrar. A direção de George Gallo se perde em sua própria trama, resultando em uma produção que se move de maneira irregular e culmina em um desfecho previsível e anticlimático. O “grande” twist, sugerindo que elites estão por trás dos crimes, soa mais como um clichê desgastado do que uma revelação impactante. Em suma, “The Ritual Killer” nos leva em um passeio circular, retornando ao óbvio, sem surpreender ou verdadeiramente envolver.