O Tutor
Quando um tutor profissional aceita um emprego em uma mansão remota, ele logo se vê lutando contra as obsessões de seu aluno perturbado, que ameaça expor seus segredos mais obscuros e desvendar sua personalidade cuidadosamente elaborada.
Análise de “O Tutor”
Em “Vinyl Man”, somos introduzidos a um protagonista enigmático cuja vida parece girar em torno de discos e iminente paternidade, ao lado de sua parceira Annie, numa união moderna desprovida de formalidades eclesiásticas. A frequente menção a esse detalhe parece sinalizar uma homenagem a narrativas clássicas, talvez uma referência obscura a uma obra de 1905.
A trama se desenrola quando Ethan, vivido por um descomprometido Garrett Hedlund, é recrutado para um emprego lucrativo, mas peculiar, em Long Island — aprimorar as habilidades de Jackson, um garoto enigmaticamente interpretado por Noah Schnapp de “Stranger Things”. Jackson é uma figura quase caricatural, com sua palidez teatral e maneirismos robóticos, cujo conhecimento sobre Ethan e sua situação pessoal é inquietantemente íntimo.
O envolvimento de Ethan com Jackson e sua família rapidamente se torna uma teia de eventos sinistros e transações questionáveis, culminando em um suborno bizarro orquestrado pelo inquietante primo de Jackson, interpretado por Jonny Weston com uma energia tortuosa que aspira às vibrações de um jovem Caleb Landry Jones.
À medida que a história avança, Ethan se depara com descobertas perturbadoras, incluindo sua própria imagem e da namorada no computador de Jackson. Em um conto mais coeso, tal descoberta desencadearia uma fuga ou uma investigação profunda. No entanto, “Vinyl Man” opta por manter Ethan preso no vórtice da narrativa, descascando camadas de sua persona que revelam uma realidade mais sombria e conexões passadas bizarras.
A direção de Ross, no entanto, carece de vigor, e a execução da trama tropeça em sua própria ambição, buscando inspiração nas reviravoltas de Hitchcock e Chabrol, mas caindo na armadilha da superficialidade tanto em lógica quanto em profundidade psicológica. O que poderia ter sido um tributo a Joseph Losey em “The Servant” se perde em uma cena esquecível, falhando em estabelecer uma dinâmica de personagens significativa.
Apesar de Hedlund se esforçar para entregar uma atuação que ressoa com suas performances anteriores de caráter dissoluto, “Vinyl Man” falha em recompensar o espectador pelo seu tempo, deixando uma sensação de que o filme, como suas referências literárias e cinematográficas, poderia ter sido algo mais. É uma narrativa que promete complexidade e intriga, mas finalmente se dissipa em um emaranhado de potencial não realizado.