Operação: Arma Secreta
Um agente militar contratado para apreender uma arma que transforma pessoas em assassinos está em busca de vingança após seu irmão se tornar uma vítima.
Análise de “Operação: Arma Secreta”
Antes de mais nada, é fundamental esclarecer um ponto: o rótulo de “sucesso na Netflix” não é sinônimo inerente de qualidade. Um filme que atinge altos números na plataforma pode fazer isso sem necessariamente oferecer algo original ou substancial. E é nesse contexto que se encaixa “Operação: Arma Secreta”, o recente lançamento polonês na Netflix. A Polônia, diferentemente da Turquia, parece não ter encontrado a fórmula para transformar suas produções em algo além do mediano. O filme em questão é um exemplar típico dessa tendência, uma produção que não deixa marca alguma, passando despercebida tanto para quem o faz quanto para quem o assiste.
Sob a direção e atuação de Daniel Markowicz e Piotr Witkowski, respectivamente, ambos já conhecidos pelo trabalho em “Plano de Aula”, “Operação: Arma Secreta” não apresenta nada novo sob o sol. A premissa central, uma arma com poderes sanguinários, é um clichê batido e desprovido de frescor. O suposto ponto de atração do filme já foi visto e revisto inúmeras vezes, desgastando qualquer possibilidade de interesse.
O filme se desenvolve como um pão que já esfriou e nem mesmo torrado recupera seu sabor. Todos os elementos parecem reciclados e sem significado, incluindo o que deveria ser a força motriz da narrativa. Até os aspectos técnicos, que ocasionalmente salvam outras produções genéricas voltadas para a exportação, falham aqui. Personagens desaparecem sem explicação, as cenas são fragmentadas e carecem de um senso de direção claro. As lutas, que poderiam pelo menos proporcionar algum entretenimento de ação, são executadas de maneira fraca e não convincente.
“Operação: Arma Secreta” acaba sendo mais do que um filme esquecível, é uma representação lamentável do cinema que não só deixa de se destacar, mas também peca nos fundamentos de coerência narrativa e fluidez na produção. Em resumo, é uma produção que exemplifica um tipo de cinema que não só falha em impressionar, mas também subtrai valor do conjunto básico do que poderia ser considerado entretenimento cinematográfico viável.