Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan
Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan é um filme de ação e aventura e o primeiro de uma saga épica de duas partes dirigida por Martin Bourboulon, baseada no romance “Os Três Mosqueteiros” de Alexandre Dumas, publicado em 1844.
Análise de “Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan”
“Os Três Mosqueteiros”, de Alexandre Dumas, é uma obra que se destaca pela riqueza de detalhes, fruto de sua serialização original. Essa complexidade textual a torna uma candidata perfeita para adaptações diversificadas, especialmente no audiovisual. Desde a primeira adaptação em 1903, este romance tem sido revisitado em diversas mídias, e em 2023, nos deparamos com duas novas versões cinematográficas: a duologia de Martin Bourboulon, com os filmes “D’Artagnan” e “Milady”, filmados simultaneamente, e uma obra paralela dirigida por Bill Thomas.
Enquanto a adaptação de Thomas pode ser rapidamente esquecida, a de Bourboulon merece atenção. Entretanto, é prudente moderar as expectativas, pois apesar de um impressionante plano sequência que habilmente apresenta a união entre o jovem e ambicioso Charles D’Artagnan (interpretado por François Civil) e os mosqueteiros Athos (Vincent Cassel), um personagem marcado pelo alcoolismo e depressão; Porthos (Pio Marmaï), de espírito leve e alegre; e Aramis (Romain Duris), o eterno sedutor, o filme adota uma abordagem tradicionalista e prudente.
Bourboulon opta por não reinventar os personagens como super-heróis contemporâneos nem ceder à expectativa de uma direção frenética, preocupada em manter o público interessado com lutas constantes. Ao invés disso, o filme mantém uma fidelidade à narrativa clássica, evitando inovações radicais que poderiam descaracterizar a obra original de Dumas.