Resgate 2
Depois de escapar da morte por um triz, o mercenário Tyler Rake encara mais uma missão perigosa: resgatar a família de um criminoso implacável.
Análise de “Resgate 2”
A sequência em questão prova ser uma montanha-russa para os entusiastas do primeiro filme, elevando o nível de intensidade ao extremo. A habilidade com que as cenas de ação são filmadas, ostentando sequências longas e fluidas que parecem desafiar a necessidade de cortes, confere uma autenticidade que remete à imersão dos jogos de videogame em primeira pessoa (FPS), um aceno bem-vindo à estética pioneira de seu antecessor e que mantém o espectador na borda do assento.
No entanto, o vigor visual não é suficiente para compensar a narrativa letárgica. O filme, que se aventura mais uma vez no resgate em um contexto de crime organizado familiar, tropeça no próprio sucesso, reciclando conflitos e dinâmicas que já foram explorados anteriormente. O drama familiar, uma força motriz no primeiro filme, aqui se dilui em uma sensação de déjà vu, revelando uma hesitação dos criadores em desviar-se da fórmula anteriormente vencedora.
Com o anúncio da Netflix de uma terceira parte em andamento, paira a esperança de que a franquia preserve o alto calibre de suas sequências de ação e o esplendor técnico que as caracteriza. Contudo, o clamor por um enredo renovado é evidente; é essencial uma evolução no arcabouço da história para evitar a armadilha da repetitividade. Talvez, um mergulho nas profundezas do protagonista Tyler Rake, explorando as raízes de sua complexidade, pudesse infundir a novidade que os fãs anseiam e dar a esta série de filmes uma nova direção a seguir.