Seguindo em Frente
Duas amigas de longa data se reencontram em um funeral e decidem se vingar do viúvo que as prejudicou décadas antes.
Análise de “Seguindo em Frente”
Hirokazu Kore-eda, um mestre em capturar a essência do cotidiano familiar com uma lente contemplativa, brilha novamente em seu mais recente filme. A força do diretor japonês reside em sua habilidade de encontrar o extraordinário no ordinário, e este filme não é exceção. Com uma abordagem quase documental, Kore-eda desenha um retrato íntimo da vida familiar, privilegiando momentos genuínos sobre os artifícios dramáticos comumente empregados no cinema ocidental.
A beleza deste filme está na sua simplicidade e no seu realismo. Kore-eda convida o espectador a observar as dinâmicas familiares diárias, encontrando profundidade e significado nas interações mais banais. É essa qualidade que torna o filme tão especial e relatable, desviando-se dos habituais clichês e conflitos forçados para explorar a verdadeira natureza dos laços familiares.
O filme vem com uma recomendação entusiástica, pois seu apelo transcende os limites dos gêneros cinematográficos. Mesmo para aqueles acostumados a um tipo diferente de entretenimento, a obra de Kore-eda oferece uma experiência que não deixa o espectador indiferente. É um testemunho da habilidade do diretor em tocar o coração e provocar reflexão, fazendo com que cada momento na tela ressoe com uma autenticidade raramente alcançada.