Sharper: Uma Vida de Trapaças
Madeline é uma golpista envolvida em trapaças do mundo dos bilionários de Manhattan, nos Estados Unidos. Enquanto isso, Max é um especialista em complexos planos fraudulentos que costumam render muito dinheiro. Juntos eles viverão uma trama cheia de traições, roubos, conflitos familiares, manipulações e jogos cruéis de poder.
Análise de “Sharper: Uma Vida de Trapaças”
Benjamin Caron, aclamado por seu trabalho em séries como “The Crown” e “Andor”, aventura-se em sua estreia ambiciosa no mundo dos longa-metragens em parceria com a Apple e A24. Com a promessa de um “suspense neo-noir”, a expectativa era alta, mas o filme se distancia do estilo clássico que usualmente brinca com ambiguidade e personagens controversos. “Sharper – Uma Vida de Trapaças” mais se parece com um ensaio sobre o que poderia ter sido do que uma realização concreta.
A montagem, organizada em capítulos nomeados pelos personagens, busca trazer diferentes perspectivas da trama. No entanto, essa escolha fragmenta mais do que agrega, deixando “Sharper” como um conjunto de ideias ainda não totalmente amadurecidas. A proposta de mostrar um jogo de manipulação e poder nas ruas de Nova York se perde em meio à execução não tão inspirada de Caron.
O filme se inicia com a história de Tom (Justice Smith), que, ao invés de ser um enigma interessante, acaba tornando-se apenas mais uma peça em um quebra-cabeça mal montado. As intenções obscuras dos personagens, embora bem fotografadas por Charlotte Bruus Christensen, ficam obscurecidas por uma narrativa que não se decide entre ser um thriller ou um conjunto de contos “neo-noir”.
Em resumo, “Sharper” promete, mas não entrega. A despeito da performance marcante de Moore e da promissora Briana Middleton, o filme se perde em sua própria ambição, ficando aquém das expectativas. A verdadeira trapaça de “Sharper” é deixar o espectador esperando por uma revelação que nunca vem.