Ursinho Pooh: Sangue e Mel
Depois de serem abandonados por Christopher Robin, que foi para a faculdade, Pooh e Leitão matam qualquer um que se atreva a se aventurar na Floresta dos Sonhos Azuis.
Análise de “Ursinho Pooh: Sangue e Mel”
Em “Ursinho Pooh: Sangue e Mel”, somos apresentados a uma visão distorcida e inesperada da amizade entre Christopher Robin e o adorado Pooh. Com Christopher se afastando para a faculdade, Pooh e seus amigos se encontram desamparados, sendo forçados a medidas extremas para enfrentar um inverno rigoroso. A proposta, de Pooh perseguindo Christopher Robin em busca de vingança pelo abandono, é, no mínimo, bizarra.
Apesar de muitos apreciarem filmes com uma certa dose de ruindade autoconsciente, este filme se apresenta genuinamente malfeito, sem qualquer tentativa de se mascarar com ironias ou sarcasmo. Com cenários pouco atrativos, maquiagens exageradas e atuações que, em momentos, são quase cômicas, a produção destila amadorismo. E essa sensação é amplificada pelo fato de ser uma produção britânica tentando replicar o estilo de filmes de terror de baixo orçamento norte-americanos.
No entanto, há alguns pontos positivos. Graças à expertise de Rhys Frake-Waterfield em efeitos visuais, algumas cenas de morte são bem concebidas e a sanguinolência é autêntica. Além disso, um segmento de animação, que narra os infortúnios de Pooh e seus amigos, é surpreendentemente bem realizado. E, apesar de sua aparência grotesca, o antagonista ganha destaque pela sua presença ameaçadora.
O grande revés de “Ursinho Pooh: Sangue e Mel” é não saber dosar seu conteúdo, tornando-se tedioso em várias partes. Em filmes de terror com esta pegada, a concisão é fundamental. A audiência já entra com uma expectativa clara e, por isso, momentos prolongados de monotonia são especialmente decepcionantes. Seria necessário mais ação, uma tensão mais palpável ou, simplesmente, uma duração mais breve para evitar que o filme se tornasse tão arrastado.