A Guerra do Hambúrguer
Ed e Dexter Reed trabalham na lanchonete Good Burger. Eles precisam enfrentar a concorrência da Mondo Burger, que pretende dominar o mercado local de restaurantes fast food. Eles inventam um molho que faz grande sucesso junto ao público, o que desperta a ira do dono da concorrente.
Análise de “A Guerra do Hambúrguer”
Filmes derivados de programas de TV raramente conseguem fazer jus às expectativas, e o desafio é ainda maior quando se trata de uma produção baseada em um esquete do “Saturday Night Live”. Portanto, não é surpresa que “A Guerra do Hambúrguer” (“Good Burger”), inspirado em um quadro da versão infantil do SNL transmitida pela Nickelodeon, tenha sido recebido com certa resistência inicialmente. Como um ex-grande fã de “All That”, decidi revisitar “A Guerra do Hambúrguer” para verificar se seu humor juvenil ainda se mantém firme com o passar dos anos. E a resposta é positiva.
O filme segue Ed (Kel Mitchell), um jovem de idade indeterminada que trabalha na lanchonete local, Good Burger. Ed é um personagem singular, uma espécie de “maconheiro” que não usa drogas, pelo menos não no filme. Sua abordagem literal ao atendimento ao cliente e sua preferência por jogar minigolfe em vez de passar tempo “a sós” com Roxanne (Carmen Electra) trazem um charme especial à história. Quando Dexter (Kenan Thompson) danifica o carro de sua mãe e precisa de um emprego, ele acaba se juntando à equipe do Good Burger, iniciando uma batalha contra a recém-inaugurada Mondo Burger, que ameaça colocar a Good Burger fora do mercado.
Leonard Maltin descreveu o filme dizendo que, “Assim como a comida rápida, este filme não oferece nenhum real valor nutricional, mas ainda assim vai agradar as crianças”. Embora possa ser verdade que “A Guerra do Hambúrguer” não procura oferecer uma mensagem profunda, seria justo desconsiderar seu valor por isso? Às vezes, tudo que se deseja é um momento divertido e descompromissado, e “A Guerra do Hambúrguer” entrega exatamente isso. Apesar de ser baseado em um programa infantil, o filme possui um apelo universal, capaz de entreter espectadores de todas as idades.
Mesmo que seu humor juvenil não seja do gosto de todos, “A Guerra do Hambúrguer” é entretenimento garantido e, mais importante, tem o coração no lugar certo. A maior parte do humor é leve e não malicioso, com o personagem principal, Ed, sendo simpático demais para fazer algo maldoso. Na verdade, é Ed quem faz o filme valer a pena. Com sua maneira excêntrica de viver, ele é um personagem hilário e, acima de tudo, um bom rapaz.
Portanto, não permita que a natureza leve e despretensiosa de “A Guerra do Hambúrguer” o impeça de assistir ao filme. Além das risadas, você descobrirá que é uma produção divertida, uma promessa que posso garantir. Ao revisitar “A Guerra do Hambúrguer”, fica evidente que o filme consegue transcender o tempo, mantendo-se como uma peça adorável de comédia juvenil que ainda consegue arrancar sorrisos e proporcionar um bom momento de lazer.