A Outra Zoey
Zoey Miller, uma estudante com especialização em computação, superinteligente e desinteressada no amor romântico, tem sua vida virada de cabeça para baixo quando Zach, um popular jogador de futebol universitário, fica com amnésia e confunde Zoey com a sua namorada.
Análise de “A Outra Zoey”
Ao iniciar minha jornada com este filme, impulsionado principalmente pela presença de Drew Starkey, rapidamente me vi confrontado com uma série de elementos perturbadores. A personagem de Zoey, interpretada por uma atriz geralmente competente, surgiu como um enigma para mim. Seu desempenho, infelizmente, cai no território da irritação, uma façanha que parece não ter sido intencional, mas que, de alguma forma, se manifesta em cada cena em que aparece.
A experiência logo degringolou ainda mais com a introdução da irmã mais nova de Zach, uma personagem cujas ações parecem deslocadas e forçadas, não se alinhando com o zeitgeist de 2023. A escolha de colocá-la fazendo fio dental pareceu um recurso barato e desatualizado, o que apenas agravou minha decepção.
A decisão de Zoey de contratar o primo de Zach foi outro momento de pura incredulidade. A falta de respeito e consideração neste ponto do filme foi quase tangível, fazendo-me questionar as motivações por trás de tal escolha narrativa.
Embora tenha havido um breve momento de recuperação quando Zoey e Zach compartilham uma cena mais agradável, essa sensação foi rapidamente ofuscada pelo uso incompreensível de Drew Starkey em um papel que lhe faz pouca justiça. A imagem dele usando óculos escuros femininos foi tanto uma escolha estilística duvidosa quanto uma subutilização de seu talento.
A personagem de Elle, a melhor amiga de Zoey, foi outra fonte de descontentamento. Suas falas e comportamento distanciam-se tanto da realidade que beiram o caricato, criando uma desconexão com o espectador. A atuação dela, que deveria trazer leveza e humor, acabou por ser mais uma distração desagradável.
O único salvamento deste filme veio no final, quando Zach expressa sua preferência pela “Zoey verdadeira”. Este momento, embora tardio, ofereceu um vislumbre do que o filme poderia ter sido.
Em resumo, este filme se mostrou uma experiência cinematográfica desafiadora, quase traumática, levantando questões sérias sobre como um elenco talentoso pode ser desperdiçado em uma produção de qualidade duvidosa. O enredo, inicialmente promissor, é sabotado por personagens mal desenvolvidos e escolhas narrativas questionáveis, resultando em um filme que, em muitos momentos, faz o espectador desejar desligar a tela.