John Wick 4: Baba Yaga
Com o preço por sua cabeça cada vez maior, John Wick leva sua luta contra a alta mesa global enquanto procura os jogadores mais poderosos do submundo, de Nova York a Paris, de Osaka a Berlim.
Análise de “John Wick 4: Baba Yaga”
O filme em questão ascende como o ponto mais alto de sua série, não apenas eclipsando os predecessores dentro de sua própria saga, mas também posicionando-se, aos olhos deste espectador, como o ápice da experiência cinematográfica, suplantando até mesmo ícones como “Rambo II” e “Exterminador do Futuro 2”.
A mestria com que o terceiro ato é construído merece elogios, em particular a cena da escada e o clímax do filme, ambos pulsando com uma energia que prende o espectador em uma fixação hipnótica no espetáculo diante de seus olhos. A habilidade de manter uma tal tensão é uma façanha que muitos filmes aspiram, mas poucos conseguem alcançar.
Recomendo com entusiasmo este filme a qualquer entusiasta do gênero de ação, novato ou veterano, garantindo que mesmo aqueles não iniciados na franquia, como exemplificado pela experiência da própria mãe do comentarista, encontrarão uma conexão com a obra.
Notavelmente, o filme também realiza um feito digno de aplausos no que tange à representatividade. Personagens como Shimazu (Hiroyuki Sanada), Akira (Rina Sawayama), e Caine (Donnie Yen) prestam uma homenagem autêntica à cultura japonesa, enquanto o Senhor Ninguém (Shamier Anderson), Charon (Lance Reddick) e Bowery King (Laurence Fishburne) ilustram a diversidade de maneira orgânica e respeitosa. Esta inclusão de personagens de fundos diversos é feita com tal sutileza e respeito que se torna uma lição de como a representatividade deve ser abordada no cinema – com naturalidade, sem forçar a mensagem ou comprometer a integridade da narrativa. É uma crítica velada, mas vigorosa, aos filmes que manipulam suas obras originais em nome de uma agenda, perdendo de vista o que torna uma história verdadeiramente grandiosa: sua habilidade de tocar o público sem artifícios.