Piscina Infinita
Enquanto ficam em um resort isolado na ilha, James e Em estão desfrutando de umas férias perfeitas de praias intocadas, funcionários excepcionais e tomando sol. Mas guiados pela sedutora e misteriosa Gabi, eles se aventuram fora dos terrenos do resort e se encontram em uma cultura cheia de violência, hedonismo e horror incalculável.
Análise de “Piscina Infinita”
Desde seu início, o filme em questão estabelece um tom de desconforto com sua estética deliberadamente crua e os exageros estilísticos do diretor. Embora o enredo inicialmente capte o interesse, ele logo cai em um ciclo monótono, revolvendo em torno de personagens desagradáveis e desprovidos de moralidade. O espectador é deixado na incerteza se o diretor aspirava retratar uma sátira ao estilo exploitation, que desnuda uma realidade onde a elite econômica evade consequências de atos hediondos simplesmente através do poder financeiro, ou se ele visava criar um filme de terror corporal – body horror – emulando as chocantes obras oitentistas de seu pai, enriquecidas por uma dose maior de gore e conteúdo adulto.
Apesar desta ambiguidade temática, o filme é marcado por performances notáveis, com destaque para a atuação intensa de Mia Goth. Sua entrega ao papel é um ponto luminoso em meio ao cenário sombrio do filme, o que, por si só, já é digno de reconhecimento. É uma ilha de excelência no meio de uma narrativa que, de outra forma, luta para definir seu propósito e manter a atenção do espectador.